A segunda turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu
nesta terça-feira (28), por três votos a favor e dois contra, conceder prisão
domiciliar a nove executivos investigados pela Operação Lava Jato. O tribunal,
no entanto, determinou que os nove empresários e funcionários de construtoras
suspeitas de envolvimento no esquema de corrupção que atuava na Petrobras terão
de utilizar tornozeleiras eletrônicas.
Entre os executivos beneficiados pela decisão do STF está o dono da
construtora UTC, Ricardo Ribeiro Pessoa, apontado pelo Ministério Público Federal como líder do
cartel de empreiteiras que pagava
propina para fraudar licitações e obter
contratos superfaturados na Petrobras.
Dos cinco integrantes da Segunda Turma, votaram pela concessão de prisão
domiciliar aos executivos os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Gilmar
Mendes. Já os ministros Cármen Lúcia e Celso de Melo se manifestaram pela
manutenção das prisões preventivas (sem prazo determinado). Não
cabem mais recursos para manter os nove executivos presos.
Inicialmente, os magistrados haviam derrubado apenas a prisão preventiva
de Ricardo Pessoa, decretada em novembro do ano passado pelo juiz federal
Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância.
Ao final da sessão, porém o ministro Teori Zavascki, relator da Lava
Jato no Supremo, propôs libertar também outros oito executivos, sob o argumento
de que estavam em "situação
processual significativamente assemelhada" à de Pessoa.
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