A Caixa Econômica Federal concluiu a análise dos projetos da Cadeia
Pública de Ceará-Mirim e anunciou a liberação dos recursos que financiarão a
obra, orçada em R$ 17,8 milhões. A Empresa M&K Construções Ltda., escolhida
pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) para executar os serviços,
tem até o dia 30 de junho para montar o canteiro de obras e iniciar o processo
de construção da unidade prisional que deverá abrigar 603 apenados na Região
Metropolitana da capital potiguar. Além do Ministério Público Estadual, a
construção da penitenciária também será acompanhada pelo Ministério Público
Federal. A SIN, porém, não definiu a data de início das intervenções. Através
da assessoria de imprensa, a Secretaria
de Estado de Justiça e Cidadania
(Sejuc) afirmou que elas serão iniciadas ainda neste mês de maio.
Firmado com o Governo Federal em 2013, através do Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), o contrato para a construção da Cadeia Pública
de Ceará-Mirim faz parte do Programa Nacional de Apoio ao Sistema
Prisional. De acordo com o relatório da Caixa Econômica Federal do mês de abril
de 2015, o contrato tem prazo de vigência até 10 de abril de 2016. O contrato
de repasse da verba está inscrito em restos a pagar na condição de não
processado, com risco de cancelamento em 30 de junho de 2015, caso até essa
data não tenha se iniciado a execução das despesas.
“A situação é extremamente
delicada. Até 30 de junho a obra tem que não só ter iniciado como já ter a
primeira medição para a efetuação do pagamento à construtora responsável. Por
isso toda atenção é necessária nesses próximos dias. Temos nos reunido com a
Procuradoria Geral do Estado, com a Secretaria de Justiça e Cidadania, além do
Ministério Público Estadual (MP/RN) e Ministério Público de Contas (MpjTCE)
para viabilizar o início da obra,” disse a procuradora da República,
Caroline Maciel, em nota enviada via assessoria de imprensa do Ministério
Público Federal (MPF/RN).
No final da semana passada, o Governo do Estado do Rio Grande do Norte
recorreu à Justiça para invalidar o ato administrativo da Prefeitura de
Ceará-Mirim que revogou a doação do terreno destinado à construção da unidade
prisional. Uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça, na quarta-feira
passada, 13 de maio, revogou o Ato da Prefeitura de Ceará-Mirim. Com a decisão
liminar, o relator do processo suspendeu os efeitos do Decreto nº 2.343/15, que
impedia cessão de uso da área.
A Cadeia Pública de Ceará- Mirim terá capacidade para 603 internos,
divididos em três pavilhões, com 24 celas cada. A casa carcerária terá área
construída de 5.735,10 metros quadrados e contará com alguns módulos especiais,
tais como: Ensino, Saúde, Visitas Íntimas, Tratamento de Dependência Química e
Carceragem adaptada para pessoas com deficiência física, conforme projeto
aprovado pelo Ministério da Justiça. O projeto da unidade foi doado pelo Estado
do Pará e está de acordo com todas as especificações do Ministério da
Justiça. A construção da unidade prisional é uma parceria do Governo do
Estado com o Ministério da Justiça. A obra será fiscalizada pela Secretaria de
Estado da Infraestrutura (SIN).
Números:
R$ 14.745.048,09, valor transferido pela União (Contrato de Repasse nº 1003873-96) e R$ 3.143.378,50 (contrapartida do Estado do Rio Grande do Norte).
R$ 14.745.048,09, valor transferido pela União (Contrato de Repasse nº 1003873-96) e R$ 3.143.378,50 (contrapartida do Estado do Rio Grande do Norte).
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