O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal,
maior unidade da rede de saúde pública do Rio Grande do Norte, está com um
vazamento de radiação na sala de raio-x do Pronto Socorro Clóvis Sarinho, que
pertence a unidade. A afirmação é do Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio
Grande do Norte (Sindsaúde/RN). De acordo com o sindicato, técnicos de
radiologia que trabalham no hospital realizaram um teste que comprova o
vazamento.
Segundo a nota emitida pelo Sindsaúde, os
técnicos colocaram uma folha de raio-x do lado de fora da sala, enquanto
uma
radiografia era feita. Ainda de acordo com o sindicato, a chapa teria
ficado marcada, comprovando o vazamento. A radiação atravessa a parede e chega
até a sala onde os técnicos trabalham, local que deveria ser isolada contra
radiação.
Por meio da assessoria de imprensa, a coordenação do
setor de imagem do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel afirmou que o último
levantamento radiométrico realizado na instituição foi feito em 2012 e que
constatou que todos os índices estavam dentro da normalidade. A direção afirmou
ainda que o levantamento tem validade de cinco anos.
"Os
testes estão todos dentro dos prazos de validade, porém, frente ao que está
posto, a coordenadora interina do setor de imagens do hospital, Neusanira
Nobre, está entrando em contato com a empresa responsável pelo último levantamento
para que um novo levantamento seja feito", afirmou o assessor de
imprensa do Walfredo Gurgel, Marcelo Soares.
Outra denúncia do sindicato diz respeito ao acesso
dos funcionários ao resultado dos dosímetros, equipamentos exigidos pelo
Ministério da Saúde, de uso individual, que medem a radiação a qual cada
servidor é exposto mensalmente. De acordo com o Sindsaúde, o dosímetro é a
única forma de saber se o nível de radiação está dentro dos limites aceitáveis.
“Estamos
recebendo radiação alta e arriscando a nossa saúde. Deve ser por isso que há
mais de dois meses não recebemos o relatório dos dosímetros”, afirma um
técnico de radiologia, que não quis se identificar.
Sobre o caso, o setor de coordenação de imagem do
hospital confirmou os atrasos, uma vez que a empresa que presta o serviço de
leitura dos dosímetros está localizada no estado de Pernambuco. "Os atrasos são normais, ainda estamos
aguardando os relatórios de abril, com dados referentes ao mês de março",
afirmou Soares.
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