A
defesa de Fabio Luís Lula da Silva, filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, divulgou nota neste domingo (11) na qual informa que seu cliente "jamais recebeu qualquer valor do lobista
Fernando Soares", o Fernando Baiano, apontado por procuradores como
operador do PMDB na Operação Lava Jato, que apura desvio de recursos na
Petrobras – o partido nega as acusações.
Neste
domingo, o jornal "O Globo", na coluna do jornalista Lauro Jardim,
trouxe a notícia de que a delação
premiada de Fernando Baiano, aprovada com o Ministério Público nesta
semana, estaria destinada a causar um "estrondoso
tumulto a delação premiada de Fernando Baiano, cuja homologação
foi feita pelo ministro Teori Zavascki na sexta-feira (9)".
Segundo o
colunista, o delator Fernando Baiano contou que teria pago despesas pessoais de
Fabio Luís Lula da Silva no valor de
cerca de R$ 2 milhões. Lauro Jardim lembrou que Fernando Baiano
ficará preso até 18 de novembro, quando completa um ano encarcerado e, logo
depois, voltará a morar em sua cobertura de 800 metros quadrados na Barra da
Tijuca, segundo o acordo de delação.
"A defesa do Sr. Fabio Luís Lula da Silva
esclarece que ele jamais recebeu dinheiro ou favores do lobista Fernando
Soares, como afirmou Lauro Jardim em sua coluna publicada na edição de
11-10-2015 de 'O Globo", diz a nota assinada pelo advogado do filho de
Lula, Cristiano Zanin Martins.
Fernando
Baiano é investigado no Supremo no principal inquérito em andamento no
tribunal, o que apura se existiu uma organização criminosa com o intuito de
fraudar contratos e desviar dinheiro para pagamento de propina a políticos.
Segundo
depoimentos de delatores da Lava Jato, Fernando Baiano era interlocutor do
presidente da Câmara, Eduardo Cunha, e atuou com ele em desvios de contratos de
navios-sonda da Petrobras.
Baiano já
foi condenado na primeira instância da Justiça Federal em Curitiba a 16 anos e
um mês de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sob acusação de
receber US$ 40 milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a
contratação de navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no
México.
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