BRASÍLIA – O ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), colocou nesta sexta-feira um ponto
final na guerra de liminares que se arrasta desde ontem e suspendeu a posse do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro da Casa Civil. A decisão
prevalece em relação às liminares da primeira instância e vale até que o
plenário do STF julgue o caso de forma definitiva. Gilmar também decidiu que as
investigações contra Lula fiquem nas mãos do juiz federal Sérgio Moro, que
conduz a Lava Jato na primeira instância de Curitiba.
Desde quinta-feira, quando o
ex-presidente tomou posse, acontece uma guerra de liminares sobre o caso. Na
quinta-feira, um juiz federal do Distrito Federal suspendeu a posse. Hoje, o
Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região derrubou a liminar. Mas tinha
outra liminar na Justiça Federal no Rio suspendendo a posse. Há poucas horas, o
TRF da 2ª Região derrubou também essa liminar, mas uma nova foi aceita pela 1ª
Vara da Justiça Federal em Assis (SP).
A AGU já entrou com ação no
Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a paralisação das mais de 50 ações
espalhadas por todo o país pedindo a suspensão da posse de Lula. Ao Superior
Tribunal de Justiça (STJ), a AGU pediu que a 22ª Vara Federal de Brasília, onde
foi ajuizada a primeira ação sobre o assunto, seja o único foro admitido para
esse tipo de processo, “tendo em vista a
possibilidade de decisões conflitantes, capazes de gerar danos à política
nacional e à administração pública”.
Há também outras 13 ações no
Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo a suspensão da posse de Lula. A maior
parte dos processos é de relatoria do ministro Gilmar Mendes, que não esconde
sua posição crítica em relação ao governo da presidente Dilma Rousseff.
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