Um conjunto de denúncias de corrupção
atingindo Renan Calheiros ocupou as manchetes da imprensa brasileira em 2007. O caso foi chamado
de “Renangate”, neologismo aludindo ao escândalo do “Watergate”
e outros que usaram a mesma terminação -gate. A crise começou em 25 de maio,
com a circulação da notícia sobre o pagamento da empresa Mendes Júnior
à ex-amante de Renan, e perdurou até 11 de novembro, quando ele renunciou à
Presidência do Senado.
As denúncias começaram com a
revelação, em reportagem de capa da revista Veja,
de que a empreiteira Mendes Júnior pagava 12 mil reais por mês à jornalista
Mônica Veloso.
Segundo a revista, Mônica havia sido amante de Renan e tivera um filho com ele.
A partir de então, uma sequência de denúncias na mídia
relatou: a compra de rádios em Alagoas, em sociedade com João Lyra, em nome de laranjas; o ganho com tráfico de influência, junto à empresa Schincariol,
na compra de uma fábrica de refrigerantes,
com recompensa milionária; o uso de notas fiscais
frias,
em nome de empresas fantasmas, para comprovar seus rendimentos; a
montagem de um esquema de desvio de dinheiro público em ministérios comandados
pelo PMDB; e a montagem de um esquema de espionagem contra senadores da
oposição ao governo Lula.
Ao todo, houve seis
representações no Conselho de Ética do Senado do Brasil, por seus pares,
pedindo a cassação de Renan. Sob pressão do público, Renan desistiu da
presidência, embora sem abandonar o mandato. Diante de uma articulação
política, o senador foi absolvido de todas as acusações (quebra de decoro
parlamentar, ter despesas pagas por lobistas de empreiteiras e de ter praticado
tráfico de influências) e as denúncias e processos foram arquivados, Renan foi
absolvido com 48 votos contra cassação.
Durante o período, analistas
políticos se acusaram mutuamente. Alguns, de manipular o público em prol dos
partidos de oposição, PSDB e DEM; outros, de defender o Governo, de cuja
base de apoio Renan fazia parte.
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