A
Polícia Federal indiciou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspeito de
corrupção passiva em um novo inquérito da Operação Zelotes – na
parte da investigação que trata da suposta compra de medidas provisórias.
A
investigação conclui também pelo indiciamento de mais 12 pessoas , entre elas
os ex-ministros Gilberto Carvalho e Erenice Guerra e os empresários Carlos
Alberto de Oliveira Andrade, da empresa Caoa, e Paulo Ferraz, ex-presidente da
Mitsubishi. Os indiciados negam as acusações.
O
indiciamento significa que a polícia concluiu que há indícios de prática de
crime – se considerar que as provas coletadas no inquérito são suficientes, o
Ministério Público apresenta denúncia à Justiça.
A
investigação é sobre a edição da MP 471, a chamada MP do Refis, que estendeu a
vigência de incentivo fiscal às montadoras e fabricantes de veículos instalados
nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O incentivo seria extinto em 31 de
março de 2010, mas foi prorrogado até 31 de dezembro de 2015.
A
PF analisou novas provas colhidas com lobistas investigados na Zelotes. São
anotações de reuniões, trocas de e-mails e encontros de Lula com o lobista
Mauro Marcondes – a quem Lula conhece desde os tempos de sindicalismo, segundo
o relatório.
Segundo
o relatório de indiciamento, as tratativas envolvendo suspeitas de corrupção
nesse caso começaram em junho de 2009, quando Lula era presidente. E que novas
anotações analisadas na investigação mostram indícios de que a edição da MP 471
envolveu pagamento de R$ 6 milhões que seriam destinados ao PT.
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