Com salários de R$ 8 mil e recesso de 5 meses por ano, vereadores de cidade do RN aprovam auxílio de R$ 1 mil
Foto: InterTV Cabugi |
Uma
lei aprovada pela Câmara de Vereadores de Assu, e sancionada pelo prefeito da
cidade na semana passada, causou polêmica no município da região Oeste
potiguar. É que, além do salário de R$ 8 mil, os parlamentares agora vão
receber R$ 1.040 de auxílio alimentação.
O
benefício para vereadores e servidores efetivos vai gerar um aumento de R$ 70
mil no gasto mensal da Casa. A medida é criticada por populares insatisfeitos
que ressaltam que o Poder Legislativo do município ainda tem cinco meses de recesso
por ano - inclusive neste mês de setembro. Assu tem pouco mais de 53 mil
habitantes, de acordo com o IBGE.
O
projeto da Mesa Diretora da Câmara foi aprovado unanimemente pelos 15
vereadores. Além dos parlamentares, os servidores de nível superior receberão
R$ 351 de auxílio alimentação. Os de nível médio vão perceber aumento de R$ 157
e os demais, R$ 133,5.
Quando
em atividade, a Câmara de Assu conta com duas sessões por semana, às terças e
quintas-feiras, o que totaliza 56 reuniões plenárias por ano. Cada uma com
duração de duas horas.
De
acordo com o calendário anual do Legislativo, a Câmara tem sessões de março a
maio e realiza um recesso em junho. Os vereadores voltam a trabalhar em julho e
agosto e entram em novo recesso em setembro. Só voltam a trabalhar em outubro e
novembro e contam com mais três meses de recesso, de dezembro a fevereiro.
O
presidente da Câmara, João Walace da Silva (PR), afirmou que os salários dos
parlamentares não são reajustados desde 2013 e, portanto, estão defasados.
Também considerou que vários órgãos e poderes já concedem o benefício. "O projeto é legal, assegurado pela
Constituição Federal. A Assembleia Legislativa do RN e de outros estados já
recebe, os deputados federais, senadores, o Judiciário recebe, empresa privada
também paga. Isso não vai onerar em nada, nem vai mexer em recurso da saúde e
da educação. É um recurso da Câmara, que é um órgão independente",
considerou.
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