A Chacina de Itajá/RN vai além da falta de segurança pública.

Por: Talles Pinheiro

Sensação de insegurança?
Sensação de impotência?
Podemos ainda mencionar e utilizar a palavra “sensação” sobre a questão da segurança pública em nosso Estado? Não Mais!

Infelizmente temos que aprender a viver na realidade dos fatos. Indo mais além da insegurança e impotência, quando nos deparamos com a crueldade à vida humana.

Na madrugada desta quarta-feira, 15/07, ocorreu um verdadeiro massacre, uma CHACINA de 05 (cinco) mulheres, na cidade de Itajá/RN. Segundo informações incialmente colhidas, ocupantes de um veiculo tipo Celta de cor preta, chegaram em um estabelecimento, casa de bordel, efetuando vários disparos de arma de fogo à queima roupa em 05 (cinco) mulheres, entre elas a proprietária do estabelecimento, conhecida por Patrícia, e uma menor de idade.

Não vemos nos últimos tempos noticias sobre esse tipo de crime no RN. CHACINA. O caso violento nos faz refletir e perguntar: Qual o valor real da vida humana?

O fato ocorrido nesta madrugada se faz questionar sobre a repercussão diferenciada da noticia. Em casos recentes de arrastões, assaltos e tuneis em cadeias públicas, são noticias frequentes e constantemente noticiadas em nossas mídias. Neste fato, em particular, não se vê a devida importância do ocorrido, não se vê a intervenção do Conselho de Direitos Humanos, do Conselho Estadual das Mulheres, das autoridades públicas e da sociedade civil.

Será que pelo fato de serem apenas “mulheres” de cabaré? Por serem profissionais do sexo? Por serem da classe de gêneros?

Entretanto, essas mulheres vitimadas por um crime bárbaro, são seres humanos, não se pode julgar antecipado a vida reguladora delas. Essas mulheres, que ainda possuem denominação de “sexo frágil”, contam, pelo menos na teoria, de ações de politicas publicas direcionada à mulher.

Faz-se necessário o apoio de todas as classes que podem e devem ajudar o Estado a desenvolver e realizar uma gestão eficiente na segurança pública, na forma preventiva e ostensiva. A Comissão dos Diretos Humanos, a Comissão Estadual das Mulheres, OAB/RN, entre outras, não adianta apenas repudiar o ato, mas sim, agir, fiscalizar, cobrar soluções, ou continuarão omissos? Calados? Sem ações?

Independentemente do caminho que essas mulheres vitimas da chacina escolheram para sobreviver, são Seres Humanos. O direito à vida é assegurado pelo Estado, mas o crime é DEVER do Estado solucionar e combater com eficiência.

A PAZ ESTÁ EM NOSSAS MÃOS!

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